Em
virtude de ser um assunto muito pouco abordado nas academias, evitado nas
conversas informais e ser tão importante para a reflexão do ser humano - quem
sabe, porque é ainda muito velado por todos, pois o medo da morte nada mais é
do que o medo do novo, do desconhecido e do inesperado, em última instância o
próprio medo da vida, resolvi refletir um pouco sobre ele.
A leitura das obras
sobre a morte tratada em Sobre o Viver e o Morrer de
Deborah Duda, A morte à luz da Psicologia de Aniela Jaffé, Memórias
Sonhos e Reflexões de Jung , Sobre a
Morte e o Morre de Elisabeth Kübler-Ross, O Problema do ser, do destino e
da dor
de Leon Denis e A morte sem medo e sem culpa de Trigueirinho,
nos propicia um novo sentir e compreender sobre este tema tão temido por
nós. Revoluciona a nossa mente
consciente nos privilegiando com ensinamentos e conclusões belíssimas, que nos
conduz a um patamar de novos entendimentos diante da vida.
É bela e consoladora
a certeza da infinitude da vida; e ela pode ser vivida de uma forma mais
otimista e confiante. Esta é, pois, uma reforma de um arcabouço teórico
maleável e incognoscível. A consciência mais ampliada nos colocará em lugar de
um grande rio, aberto às grandes e pequenas correntezas em busca de um caminho
de novos campos de saberes e descobertas.
Quando
pudermos, como observadores, fazer uma analogia, admirar o crepúsculo, onde o
anoitecer nos acomete, nos toma de uma infinita tristeza, pensamos no novo dia
que nascerá em breve; nos consolamos com o pensamento das florescências
futuras, assim deveria ser com o medo da morte, um ato que de fato não é o
fim.
Logo,
cada uma das nossas existências será permeada de experiências, que irão
desaparecer ao longo do curso, para dar lugar a novas vidas no Espaço, em
mundos mais perfeitos que os vividos anteriormente. O morrer torna-se, pois, a
porta de entrada de um mundo mais rico de impressões e sensações.
Por
isso, precisamos encarar a morte face a face e nos prepararmos para este
acontecimento natural e necessário para o curso de nossas vidas, pois ela
representa um papel importante na nossa evolução.
Este
pensamento contribui para que tenhamos confiança em outra vida, e isso nos
estimulará aos nossos esforços, para tornar nossas atitudes mais fecundas.
Dissipa o nosso medo pelo mundo desconhecido e retira de nós a cruel incerteza
e o temor que a ela atribuem.
Mesmo
presa eu me mexo, pois imagino que os movimentos acabam por me libertar
SOCORRO DO PRADO